Olá a todos que acompanham o blog, sejam bem vindos ao
primeiro especial do ano. Hoje irei falar do
melhor programa humorístico da TV brasileira entre as décadas de 1970 e início
de 1990 : Os Trapalhões.
Didi,Dedé, Mussum e Zacarias
O grupo fez um sucesso estrondoso na TV, no cinema e nas
revistas em quadrinhos graças ao carisma de seus personagens e das piadas
politicamente incorretas típicas do período, nessa primeira parte do especial
iremos conhecer um pouco sobre o programa de televisão.
OS PERSONAGENS:
Os trapalhões eram formados por quatro membros, cada um com
uma característica marcante e uma função no programa, eram eles:
DIDI:
ô pisit
Era o líder do grupo, seu nome completo era Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo, um cearense esperto, apesar do
jeito bobo sempre se dava bem em cima dos companheiros.
DEDÉ:
esse disfarça
Era o galã do grupo, porém sua masculinidade era sempre ironizada por
Didi, que criava apelidos como "Divino" e "rapaz alegre". Fazia
as vezes de "escada"para o Didi.
MUSSUM:
eu adoro Mé, Cacildis!
Era o típico malandro sambista carioca, o mais
engraçado do grupo,possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o
"is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões
"cacildis" e "forévis".
ZACARIAS:
hihihi!
Era um mineiro tímido e baixinho com personalidade
infantil e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre
usava uma peruca e entrava em desespero se esta fosse retirada de sua cabeça,
revelando sua careca.
O programa também tinha outros atores fixos que não faziam
parte do quarteto principal: o hilariante Tião
Macalé (que imortalizou o bordão "Ih! Nojento!"), Jorge
Lafond (que interpretou a Vera Verão), Roberto
Guilherme (o eterno "Sargento Pincel", quase o quinto trapalhão,
uma vez que acompanhou o grupo em toda sua trajetória).
A ORIGEM DOS TRAPALHÕES:
O grupo teve origem
na segunda metade da década de 1960, na extinta TV Excelsior de São Paulo com o
nome: Adoráveis Trapalhões, o programa reunia na sua fórmula quatro tipos:
o galã (Wanderley Cardoso), o diplomata (Ivon Cury),
o estourado (Ted Boy Marino) e o palhaço (Renato
Aragão).
os trapalhões originais
Alguns integrantes
acabaram saindo do programa, porém em pouco tempo novos membros entraram: Manfried Sant'anna ( Dedé), Antônio Carlos Bernardes Gomes
(Mussum) e Mauro Faccio Gonçalves (Zacarias)
uniram-se a Renato Aragão (Didi) dando origem aos mais famoso quarteto da
TV Brasileira.
o grupo definitivo
Inicialmente o
programa do grupo passou pelas emissoras:Record e Tupi, onde o programa se
tornou líder de audiência, desbancando o Fantástico da Globo.
o começo do sucesso
Porém a TV Tupi
passava por dificuldades financeiras, trazendo problemas para os próprios
atores e pondo em risco a existência do programa.
A IDA PARA A GLOBO:
Em 1977, o diretor
de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, convidou os
Trapalhões para levar seu programa para a emissora.
Depois de dois
especiais exibidos dentro da faixa de programação Sexta super, às 21h, em
Janeiro e Fevereiro, o programa Os Trapalhões estreou em 13 de março de 1977,
aos domingos, antes do Fantástico.
a abertura original
O PROGRAMA:
O programa apresentava uma sucessão de esquetes
entremeados com números musicais, exibidos sem aparente conexão, exceto a
presença dos próprios Trapalhões.
Um quadro mais longo, cheio de ação e diálogos, podia ser
seguido por uma sucessão de gags visuais curtas, mas não havia um formato
pré-estabelecido, qualquer ideia podia virar um esquete a qualquer momento.
Uma das características
do programa eram as paródias com músicas populares, muita das vezes contando
com a participação de cantores da MPB,onde os Trapalhões satirizavam a canção trajando
figurinos idênticos aos do artista convidado.
Talvez a mais famosa
dessas paródias seja a hilária versão de Terezinha de Chico Buarque, com Didi
fazendo as vezes da personagem da canção.
Teresinha de Jesus...
OS FILMES:
campeões de bilheteria
Com a popularidade
do quarteto, os Trapalhões sempre investiram pesado nos cinemas, produzindo e
lançando sempre dois filmes por ano: um nas férias escolares de Janeiro e outro
nas férias escolares de Julho, por diversas vezes os filmes eram os campeões de
bilheteria no Brasil, desbancando diversas produções estrangeiras.
A PRIMEIRA SEPARAÇÃO:
No ano de 1983,o
programa e o grupo passaram por um
período delicado quando os Trapalhões decidiram se separar. Dedé, Mussum e
Zacarias romperam com a Renato
Aragão Produções, empresa que cuidava dos negócios do grupo, pois não
concordavam com as divisões do lucro.
Os três formaram sua própria empresa a DEMUZA e
optaram por seguir sozinhos na carreira cinematográfica lançando o filme:
Atrapalhando a SUATE .
sem Didi
A separação durou cerca de seis meses, período
em que Renato
Aragão estrelou sozinho o programa, além do filme O Trapalhão na arca
de Noé.
sem Dedé, Mussum e Zacarias
No final do ano, por iniciativa própria, os
humoristas entraram em acordo e decidiram voltar
com o quarteto.
REFORMULAÇÕES NO PROGRAMA:
Com a reunião do grupo, o programa foi reformulado,ganhando
uma nova abertura feita em computação por Hans Donner.
a abertura da minha infância
O programa acabou ganhando uma platéia como se fosse um teatro ao vivo, além de esquetes gravadas pelas
ruas do Rio de Janeiro, o programa começou a exibir também quadros fixos como o
quartel Trapalhão,onde os quatro humoristas eram recrutas de um quartel que
viviam infernizando a vida do Sargento Pincel.
infernizando o sargento pincel
A MORTE DE ZACARIAS:
No ano de 1990, Mauro Faccio Gonçalves o Zacarias,
faleceu se insuficiência respiratória, provocada por uma embolia pulmonar pouco
antes da estréia da nova temporada, o ator já apresentava uma saúde debilitada,
seu último trabalho foi uma participação no filme Uma Escola Atrapalhada.
o último trabalho de Zacarias
O impacto da morte do companheiro por pouco
não representou o fim do grupo. Didi, Dedé e Mussum decidiram continuar o
programa como uma forma de homenagear a
memória de Zacarias, com isso a estrutura dos Trapalhões precisou ser
reinventada de forma a suprir a ausência do amigo.
NOVAS REFORMULAÇÕES:
Entre os anos de 1990 e 1994, após a morte de um de seus membros, o programa Os Trapalhões
passou por diversas reformulações criando quadros fixos como:
O TRAPA HOTEL:
Era um hotel na orla do Rio que tentava a todo custo se manter apesar das
confusões do gerente Didi; do secretário de esportes e lazer Dedé e do
segurança Mussum. Os demais funcionários eram o dono Conrado, a secretária
Andréia ( a ex-paquita Andréia Sorvetão), Divino (Jorge
Lafond), Sorriso (Tião
Macalé) e o diretor do hotel Batatinha (Roberto
Guilherme). A atriz mirim Duda
Little tinha participação no quadro como filha adotiva e melhor amiga
de Didi.
A AGÊNCIA TRAPA TUDO:
Era uma agência de publicidade decadente, que tentava
sobreviver onde os três trapalhões ajudavam Conrado e Andréia a manter o escritório.
A MORTE DE MUSSUM:
Em Julho de 1994,Antônio Carlos Bernardes Gomes o
Mussum faleceu devido a problemas no coração, com isso chegou ao fim a trajetória
do melhor grupo de humoristas do Brasil.
o melhor trapalhão
O DESTINO DA DUPLA:
O programa Os
Trapalhões, passou a ser reprisado durante a semanas todas as tardes, após a
morte de Mussum, só voltando com quadros novos no ano de 1995, o programa foi
exibido até 1997 quando foi extinto.
No ano seguinte Renato Aragão criou o programa a Turma do Didi,
sem a participação do companheiro Dedé.
a turma do didi
O novo programa acabou causando uma mágoa e uma
briga entre os dois comediantes que durou 10 anos, que só chegou em 2008 quando os dois reataram a
parceria na televisão.
a volta da parceria
Bem é isso ai ô Pisit, espero que tenham curtido essa
primeira parte do especial dos Trapalhões, matado um pouco a saudade desse grupo
que encantou e fez rir gerações de fãs.
Na próxima parte iremos conhecer os filmes dos Trapalhões,que levavam milhões de fãs para o cinema, até lá ô dá pôtrona.
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