sábado, 22 de maio de 2021

Ação Games- A melhor revista de videogame do Brasil

        Olá a todos que acompanham o blog, sejam bem vindos a segunda postagem especial do mês de aniversário do Canil do Beagle.Conforme eu havia prometido, essa postagem com certeza vai arrancar lágrimas da galera mais velha, pois hoje irei falar de uma das publicações mais bacanas da década de 1990: a revista Ação Games.

a revista dos feras

        Hoje em dia, se você tem alguma dificuldade de passar de fase em um jogo, basta acessar a internet e assistir o vídeo de algum youtuber para descobrir tudo sobre um determinado jogo, além disso os próprios games atualmente dão "autosave" ou seja: salvam o seu progresso durante a jogada, só que as coisas nem sempre foram assim. Antigamente, durante as gerações 8 e 16 bits, os jogos eram extremamente difíceis, alguns nem possuíam continues, então se você quisesse passar de alguma fase ou derrotar um chefe era preciso recorrer as revistas de videogame.

         Só fazendo uma rápida contextualização: para quem não sabe, no ano de 1989 chegaram ao Brasil os primeiros videogames de terceira geração, da SEGA (com o Master System) e da NINTENDO (com os famosos clones como: Phanton System, Top Game, Super Game, Bit System, entre outros...) e acabaram fazendo muito sucesso entre as crianças da época.

a guerra começa no Brasil

 QUANDO EU CHEGUEI AQUI ERA TUDO MATO...

        Como todo mercado que está começando, os fãs buscavam informações e dicas sobre seus jogos favoritos, aproveitando-se disso, diversas editoras lançaram as mais variadas revistas sobre o assunto, sendo saudosista, as revistas eram muito divertidas, elas juravam que tinham escritórios e correspondentes nos Estados Unidos, Europa e Japão que mandavam notícias quentíssimas sobre os mais novos lançamentos, quando na verdade o pessoal da redação ia em bancas de jornal do centro de São Paulo e compravam diversas revistas estrangeiras para contar as novidades do exterior.

correspondentes estrangeiros?....sei.......

       Claro que em uma época sem internet, era um trabalho absurdo fazer uma revista falando sobre jogos de videogame. Antigamente, não havia captura de imagens pelo computador, então, você sabe como eram feitas as imagens dos jogos? Tudo acontecia em uma sala com uma televisão ligada a um videocassete. O videocassete gravava a jogatina e o jogador pausava as melhores partes para anotar tudo e deixar o fotógrafo da revista tirar as fotos, criando assim as imagens que iriam ser colocadas na publicação.

         Outro desafio que os editores começaram a perceber é que os redatores não tinham habilidade para jogar todos os tipos de games e assim surgiu a necessidade de chamar para trabalhar nas revistas, jovens que possuíssem mais habilidade na hora de terminar os jogos. Assim, surgiram os “pilotos”, que além de habilidosos indicavam  para os editores onde encontrar os games (as melhores locadoras), quais eram os jogos que a galera queria encontrar como tema de suas matérias, dicas que somente quem realmente jogava sabia e principalmente como fechar um jogo, afinal era isso que todos queriam saber. 

       Dentre as mais diversas revistas de videogame que foram lançadas no Brasil, a que mais se destacou foi a Ação Games, graças ao seu visual chamativo, vocabulário voltado para o público jovem (entre 11 e 17 anos), além do tamanho que chamava atenção nas bancas.

A SEMANA EM AÇÃO:

     No ano de 1990, a Editora Abril estava com um grande problema, a tradicional revista sobre futebol Placar vinha apresentando baixas vendas, principalmente após o fracasso da seleção na Copa do Mundo daquele ano.

quem diria que por causa deles surgiu a ação games?

        A editora resolveu criar uma nova publicação voltada para outros esportes chamada: A Semana em Ação. A  nova revista semanal abordava: Fórmula 1, Motocross, Skate, Rodeios, Surf e outros assuntos diversos. 

a mãe da ação games

        Até que no meio de algumas edições, o assunto videogames ganhou uma sessão e teve mais retorno que o restante dos conteúdos da revista.

        Então, em Dezembro de 1990, a Abril lançou o complemento  chamado: A Semana em Ação apresenta: Games. O especial abordava o sucesso dos jogos de videogames provocados pelos consoles de terceira e quarta geração, essa edição fez um sucesso estrondoso.

a primeira revista de videogames do país

        A edição especial vendeu absurdamente, chegando a esgotar nas bancas e fez com que a editora Abril publicasse um segundo número especial. 

mais uma edição especial

        O segundo número também vendeu muito e a Abril percebeu que havia um filão a ser explorado. Poucos meses depois, o nome foi encurtado para Ação Games, sendo lançada pela Editora Azul, um "braço editorial" da Abril.

a primeira edição oficial da ação games

     A PRIMEIRA FASE DA AÇÃO GAMES ( O COMEÇO IMPACTANTE):

        A  revista Ação Games se destacava nas bancas graças ao seu projeto gráfico chamativo com muitas imagens, gírias e informações na capa que chamavam bastante atenção da garotada da época.

capas que chamavam a atenção da garotada

        Em pouco tempo, a Ação Games passou também a publicar edições especiais com mapas tela a tela dos jogos, além das famosas edições Só Dicas, com dezenas de dicas de jogos que eram uma  bíblia para os jogadores.


as preciosas edições especiais

A SEGUNDA FASE DA AÇÃO GAMES ( A ERA DE OURO):

       A segunda fase da Ação Games começou na edição número:16, de Agosto de 1992. A revista aumentou de tamanho, passando a adotar o chamado tamanho tabloide que fazia ela se destacar ainda mais nas bancas, além disso, ela passou a ser a única revista de videogames quinzenal do Brasil, atingindo o seu auge.

a mudança de tamanho

        Essa nova fase da Ação Games é a mais lembrada pelos leitores, o fato de ser quinzenal tinha coisas boas e ruins, a quantidade de jogos apresentada pela revista era muito maior, vários jogos nem apareciam nas concorrentes. O problema era que às vezes para ter assunto para duas edições por mês a revista acabava dividindo as estratégias dos jogos, forçando o leitor a comprar a edição seguinte se quisesse saber tudo de um determinado jogo.

o auge da ação games

          A  Ação Games foi a primeira revista de videogames a chegar na centésima edição e eles comemoraram com estilo, em uma edição especial contaram a história dos videogames, analisaram jogos clássicos e publicaram as 100 maiores dicas de jogos da história da revista, um verdadeiro item de colecionador.

a espetacular centésima edição
   
        Depois da edição de número 100, a  Ação Games voltou a ser mensal e diminuiu de tamanho, dando início a uma terceira fase.

 SUCESSO INTERNACIONAL:

        No ano de 1993, no auge do sucesso, a Ação Games passou a ser publicada na Argentina, Uruguai e Chile pela Quark Editorial da Argentina. A revista teve o seu título alterado para Action Games, mas quase todo o material era da versão brasileira, apenas traduzindo e fazendo pequenas alterações.

as versões argentina e brasileira lado a lado
 
       A versão argentina de Ação Games também teve mais de 100 edições publicadas, sendo encerrada no ano de 2001.

OS BRINDES DA AÇÃO GAMES: 

        Um dos maiores diferenciais da Ação Games eram os brindes que vinham com a revista, enquanto as concorrentes ofereciam apenas posters, a Ação trazia cards, chaveiros em forma de controle de videogame entre outras coisas.

os brindes da revista

       No ano de 1993, a Ação Games produziu o primeiro álbum de figurinha de videogame do país, com 24 cromos que vieram juntos nas edições 28 a 34.

o primeiro álbum de figurinhas sobre videogame

      Quando ninguém mais esperava, a Ação Games surpreendeu a todos e a partir de Dezembro de 1997 e ao longo de 1998 e 1999, ela trouxe como brindes fitas VHS de desenhos animados como: Fatal Fury 1 e 2, Samurai Shodown, Mortal Kombat- Os defensores da Terra e a maior surpresa de todas: Mortal Kombat: O filme.

as lendárias fitas vhs

        Numa época em que poucos tinham acesso a TV a cabo e a internet era uma realidade distante para os brasileiros, essas fitas eram verdadeiros tesouros.

       A TERCEIRA FASE DA AÇÃO GAMES ( A GERAÇÃO 32 E 64 BITS):

        A terceira fase da Ação Games começou a partir da edição número: 101, quando voltou a ser mensal e diminuiu para o tamanho tradicional. Essa fase também é lembrada com carinho pelos fãs, pois foi a transição do Mega Drive e Super Nintendo, para o Playstation 1, Sega Saturn e Nintendo 64.

mudança de geração

       Ainda nesse período ocorreu a mudança de editora, na verdade a Ação Games passou para a Abril que era a editora principal. Essa fase durou até a edição número: 140, em Junho de 1999. No mês seguinte houve a reformulação total e a derrocada da revista.

A QUARTA FASE DA AÇÃO GAMES ( A DECADÊNCIA DA REVISTA):

       A última Fase de Ação Games começou na edição número: 141, de Julho de 1999. Inicialmente ocorreu uma reformulação gráfica no logo da revista e no layout interno.

o começo do fim

         A reformulação total veio na edição número: 144, a partir dessa edição, a revista vinha lacrada em um saco plástico com os assuntos da revista impressos nele. Ao tirar a revista, você tinha apenas uma imagem genérica.

capas genéricas

          A ideia da nova reformulação era tornar a revista ainda mais voltada para o público jovem, mas falhou desastrosamente.

        O fundo do poço, foi a criação do personagem "Frango" que respondia de maneira grosseira as cartas dos leitores.

o insuportável frango

       Outra sessão que destoava era o Game da Gata, uma desculpa esfarrapada para colocar modelos famosas de biquini com textos do tipo "e quem liga para videogame com uma gata dessas?".

eram lindas, mas não tinham nada a ver em relação aos videogames

O FIM DA AÇÃO GAMES:

         As vendas começaram a cair mês a mês, a revista já não tinha tanta relevância e também não conseguia competir com os portais de noticias de games da internet que surgiam no começo da década passada.

         A  Ação Games deixou de circular em Janeiro de 2002 na edição número: 170. Porém, um editorial prometia que a revista seria lançada em ocasiões especiais.

a última edição e o aviso do fim da revista

      Ocorreram ainda mais duas edições em Abril e Novembro de 2003, encerrando em definitivo a história da Ação Games.

as derradeiras edições de ação games

          Depois dessas duas edições complementares, a Ação Games encerrou o seu ciclo de publicações, deixando uma marca no mercado editorial brasileiro.

A  REVISTA AÇÃO GAMES E EU:

       Como todo moleque dos anos 90, eu também vivi a febre dos videogames. Tive um Master System entre 91 e 93; depois um Mega Drive entre 93 e 99 e por fim um Playstation 1 de 99 a 01.

         Eu era bem nerd e gastava o dinheiro do lanche comprando gibis e revistas de videogame. Minha relação com a Ação Games durante a adolescência era apenas ok, na minha lista de prioridades das revistas de games para comprar, ela estava em 3° lugar, enquanto eu comprava religiosamente todo mês a Videogame e a Supergame, a Ação Games era esporádica, talvez pelo valor ou por ser quinzenal, raramente eu comprava ela, mesmo assim tive 24 edições dela.

as edições que eu tive na época

       No final do 3º ano do Ensino médio acabei vendendo toda a minha coleção de gibis, incluindo minhas revistas de videogame.

         Agora mais velho, passei a dar valor a Ação Games e alguns anos atrás resolvi remontar a minha coleção dela, comprando em sebos e no Mercado Livre tanto as edições que eu tive quanto as edições que eu queria, mas havia deixado passar.

minha nova coleção de ação games

        Bem, é isso ai pessoal, espero que tenham gostado de conhecer ou relembrar essa revista que marcou toda uma geração de fãs de videogame. No próximo mês o Canil do Beagle vai trazer novas postagens. Se vocês quiserem que eu fale sobre as outras revistas de Videogame é só darem um feedback. Até a próxima.  

 


sexta-feira, 14 de maio de 2021

The Flash- A série clássica dos anos 90

      Olá a todos que acompanham o blog, sejam bem vindos a postagem do mês de aniversário do Canil do Beagle. Quem diria que quando comecei esse pequeno blog como forma de distração, eu iria chegar a 6 anos tendo assunto para falar? Já foram 258 postagens, 245.369 visualizações e até visitantes de outros países. Pode parecer pouco, mas pra mim é um grande orgulho quando leio o feedback dos leitores e sei que estou levando conteúdo nerd de qualidade, mesmo que o blog tenha ficado um pouco de lado agora que me tornei pai , mesmo sem tempo, venho tentando manter ele ativo com postagens bem relevantes.

     Para comemorar o aniversário do blog resolvi falar de uma série que marcou uma geração de nerds dos anos 90 e que popularizou um certo velocista Escarlate, estou falando de The Flash-A série clássica.

 o homem mais rápido do mundo

 E GRAÇAS AO BATMAN O FLASH TEVE UMA CHANCE:

      Após o sucesso estrondoso do filme do Batman de 1989, a Warner Bros. resolveu investir em seus outros super-heróis, um projeto de um novo filme do Superman começou a tomar forma, mas acabou se tornando a famosa série de televisão Lois & Clark- As Novas Aventuras do Superman (eu já falei da série aqui). Outro herói que foi privilegiado com um projeto foi o Flash, o Velocista Escarlate iria comemorar 50 anos em 1990, assim a Warner juntamente com a CBS resolveu produzir uma série solo do protetor de Central City.

      Com um orçamento de 6 milhões de dólares, o roteirista dos quadrinhos Howard Chaykin na criação das tramas, o Stan Winston Studios na produção dos efeitos especiais e com o compositor Danny Elfman, que havia trabalhado no filme do Batman e criado o famoso tema do Cavaleiro das Trevas, a Warner mostrava que não estava para brincadeira, só faltava escolher qual dos Flashs seria o protagonista.

UMA MISTURA DE HERÓIS:

      Até o ano de 1990, três heróis ostentavam o título de Flash, o primeiro deles foi Jay Garrick o Joel Ciclone (sim, eu sou da velha guarda e vou chamar ele por esse nome até morrer, assim como J'onn J'onzz pra mim sempre vai ser Ajax o Marciano); O segundo Flash era Barry Allen, o mais longevo a ostentar o manto do herói até aquela época, mas que havia morrido nos quadrinhos na saga Crise nas Infinitas Terras e o terceiro era Wally West, sobrinho de Barry que havia assumido a identidade a pouco tempo.

qual deles escolher?

       O escolhido foi Barry Allen, talvez por ter sido o velocista mais famoso, porém ele herdou o metabolismo acelerado de Wally, assim como formou dupla com Tina McGee, uma cientista dos laboratórios S.T.A.R.S, também vinda dos quadrinhos do Wally.

     Os atores escolhidos para dar vida aos personagens foram John Wesley Shipp como Flash e Amanda Pays como a dr. McGee.

Tina e Barry

UMA SÉRIE POLICIAL COM UM SUPER-HERÓI:

      O seriado do Flash se diferenciava um pouco dos quadrinhos, era mais voltado para tramas policias, até a origem e motivação do herói foi levemente alterada: Central City é uma cidade que vive uma onda de violência devido aos constantes ataques de uma gangue liderada por Nicholas Pike, um ex-policial corrupto.

Pike, o assassino de Jay Allen

     Em um de seus ataques, Pike acaba matando seu ex-parceiro de policia Jay Allen, irmão mais velho do investigador forense Barry Allen. Em uma noite de tempestade, enquanto periciava a bala que havia matado seu irmão, Barry é atingido por um raio e cai em cima de uma estante cheia de produtos químicos, a descarga elétrica e os produtos acabam conferindo supervelocidade ao policial.

o momento em que o raio atinge barry

     Barry decide procurar a ajuda de Tina McGee, uma cientista que havia desenvolvido um traje especial para missões no espaço capaz de suportar o atrito da reentrada na atmosfera. O policial revela seus poderes e os problemas que eles trazem, as roupas de Barry não resistem a velocidade e acabam rasgando, além disso, devido ao seu metabolismo acelerado, ele quase sempre desmaia precisando de muito alimento.

barry testando o traje antifricção

      Barry decide adaptar o traje especial para levar Pike para a cadeia. Após derrotar e prender o assassino de seu irmão, o policial forense assume a identidade de Flash e decide combater o crime em Central City e Tina passa a ajudar o herói com experimentos para compreender  e controlar seus poderes.

o novo guardião de central city

     A série era mais focada em investigações policiais, por isso a maioria dos inimigos eram criminosos comuns ou mais realistas, por isso poucos super-vilões dos quadrinhos apareceram na série, mas alguns deram as caras.

A GALERIA DE VILÕES NA SÉRIE:

     Conforme eu falei aqui em cima, a série do Flash era voltada para o realismo, como a série do Hulk dos anos 70, mas isso não impediu que alguns vilões dos quadrinhos aparecessem de forma adaptada ao contexto do seriado, foram eles:

CAPITÃO FRIO:

o capitão frio na série

       O assassino de aluguel Leonard Wynters Snart rouba uma arma criogênica e assume a identidade de Capitão Frio, ele é contratado por um mafioso para matar seus rivais e assumir o submundo de Central City. Ele e o Flash entram em confronto várias vezes ao longo do episódio com o herói escapando por pouco da morte em todos os encontros. O vilão é derrotado graças a inteligência do Velocista Escarlate.

MESTRE DOS ESPELHOS:

um mestre dos espelhos sem traje

     Sam Scudder é um ladrão que roubou uma tecnologia de projeção de imagens 3-D altamente avançada, o criminoso assume a identidade de Mestre dos Espelhos, monta uma grande coleção de hologramas para intimidação e chantagem. Ele também construiu um projetor em um dispositivo de pulso que lhe permitiu ocultar sua localização real e parecer estar em outro lugar. Ele chega em Central City e sequestra a mãe de Tina McGee cabendo ao Flash deter o vilão.

TRAPACEIRO:

o alucinado trapaceiro

       James Jesse é um serial killer com múltiplas personalidades que assume a identidade de Trapaceiro, ele começa a atormentar o Flash e aterrorizar a cidade até ser preso e trancado em um manicômio. Foi o único dos inimigos do Flash a usar um uniforme parecido com os quadrinhos e também a aparecer em dois episódios, além do décimo segundo, ele é o vilão do último episódio da série.

 POLLUX- O FLASH REVERSO? :

o velocista do mal

       O Flash Reverso,um dos inimigos mais tradicionais do Flash não apareceu oficialmente na série, mas nem por isso ela deixou de ter um velocista do mal. O cientista Jason Brassell da empresa Intellagen Corp consegue coletar uma amostra de sangue do Flash, criando um clone que foi acelerado até a idade adulta. Batizado de Pollux, ele utiliza uma roupa azul inspirada no traje do Flash, com o logotipo da Intellagen no peito.

      Embora Pollux tenha aprendido rapidamente, ele ainda tinha a maturidade emocional de uma criança, ele escapou brevemente dos laboratórios da Intellagen e desenvolveu uma paixão por Tina. No final do episódio, Pollux acaba morrendo nos braços de Barry após salvar a vida do herói.

    Segundo algumas informações, havia o desejo de utilizar outros vilões dos quadrinhos na segunda temporada como: Capitão Bumerangue, Onda Térmica e Kadabra. Havendo até mesmo a união de todos os vilões contra o Flash, mas infelizmente a série foi cancelada.

 A PEQUENA FLASHMANIA E O SUCESSO NA GLOBO:

      A série do Flash estreou na CBS no mês de Setembro de 1990 nas noites de Quinta-Feira com uma enorme campanha de marketing, com anúncios da série na revista Guia da TV e em outras revistas.

anúncios da estreia da série

       A série foi um sucesso, tanto que deu origem a uma pequena Flashmania, que não era comparável a Batmania de 89, mas foi suficiente para que o herói ficasse famoso entre quem não acompanhava os quadrinhos.Tivemos roupas, acessórios, um boneco, revistas, minigames, e jogos de videogame para o Master System e o Gameboy.

o flash esteve na moda entre 1990 e 1991

      O auge foi uma edição em quadrinhos especial baseada na versão da série produzida por John Byrne e Mark Waid.

a edição especial em quadrinhos

       No Brasil, a série foi lançada pela Rede Globo no ano de 1991 sendo um sucesso absurdo, a emissora usou o nome original, mas falava também o artigo The (o), quem era criança lembra do narrador falando enfaticamente: DÊ FLÉXI! tanto que até hoje todo mundo chama o herói de Dê Flash rsrsrs.

o famoso comercial da globo

        Como já sabia que a série possuía apenas uma temporada, a emissora de Roberto Marinho exibiu inicialmente os episódios 2 a 12, mas fora de ordem e sem o episódio piloto. No começo de 1992, exibiu os episódios 13 a 22 como se fosse uma nova temporada. Já no ano de 1993, exibiu o episódio piloto e os 22 em ordem correta, espremendo o máximo do sucesso.

      A Globo era especialista em esticar seriados curtos e transformar uma série de 1 temporada em duas ou até três, lembro que ela fez o mesmo com a série do Robocop que foi exibida entre 1994 e 1996.

        A editora Abril, responsável por publicar as aventuras do Flash na revista dos Novos Titãs aproveitou o sucesso do seriado e estampou o herói velocista em várias capas da revista dos heróis adolescentes.

a editora abril aproveitou a flashmania

    No auge da Flashmania, o herói também estrelou duas edições da revista especial trimestral Superpowers.

edições especiais do flash

     As revistas trouxeram matérias especiais sobre o herói e sobre a produção do seriado com direito a entrevista com John Wesley Shipp.


informações especiais do flash

      A editora Abril também publicou a edição especial da série, que além de duas histórias baseadas no seriado trazia um guia de episódios bem detalhado. Essa revista é bem cobiçada entre os colecionadores.

a versão brasileira da revista especial

      A Warnner Bros. Brasil lançou nas locadoras o episódio piloto como The Flash- O Último Vingador e posteriormente lançou uma segunda fita batizada de The Flash 2- A Vingança do Mágico, com os dois episódios com o Trapaceiro, como se fosse um longa metragem.

as fitas vhs da série

      Essa segunda fita chegou a ser exibida na Sessão da Tarde no final do ano de 1992 também como um filme.

    Como toda a série, The Flash teve seu auge e depois parou de ser exibida. No final dos anos 90, o SBT re-exibiu o seriado, mas sem o mesmo sucesso de outrora.

O CANCELAMENTO PRECOCE:

        O seriado do Flash foi um sucesso no lançamento, porém o herói escarlate não contava com uma certa família de Springfield. A Fox exibia a série dos Simpsons aos Domingos, mas trocou o horário para as Quintas-Feiras, na mesma hora da série do Flash na CBS. O seriado de Homer e sua família estava em sua segunda temporada e era um fenômeno sem precedentes, a audiência da série do Flash despencou rapidamente, fazendo a CBS mudar o horário do seu seriado mais cedo e depois jogou ela para as noites de Sábado, afundando ainda mais a audiência.

os responsáveis pela derrota do flash

      Como era um seriado extremamente caro para época, cada episódio custava 1 milhão de Dólares, e com a audiência despencando, a CBS não teve outra alternativa a não ser cancelar precocemente a série na primeira temporada, deixando os fãs órfãos.

A VOLTA DO FLASH:

      No ano de 2014, o Flash ganhou um novo seriado, estrelado por Grant Gustin como o herói, a série fazia parte do Arrowverse, um universo de séries compartilhadas do Warner Chanel. John Wesley Shipp entrou para a série como Henry Allen, pai do herói. 

homenagem merecida

      A partir da segunda temporada, o ator também passou a interpretar Jay Garick, o Flash da Terra 3, uma dimensão diferente da nossa.

o velho flash

      E por fim, John voltou a interpretar o Flash dos anos 90 no arco especial Crise na Infinitas Terras.

os dois flash juntos 

     Bem, é isso ai pessoal, espero que tenham gostado de lembrar ou conhecer essa série que popularizou o Flash entre o público leigo e se tornou um breve fenômeno marcando toda uma geração de crianças dos anos 90. Ainda esse mês pretendo trazer a segunda postagem de aniversário do blog e garanto que vai arrancar lágrima dos nerds mais antigos, até a próxima.